segunda-feira, 13 de abril de 2009

Desconexões.


Um ano. Quatorze de Abril se tornou um marco. E a tal da tristeza e da dor que mesmo calada faz apenas um ano de idade. E nós? Continuamos seres humanos ( embora tantas vezes menos humanos e nem tão seres) com a manina engraçada da tristeza da hora marcada. Verdade que as vezes a tal nos abraça em um momento despreparado de alguma madrugada aleatória, mas sempre haverá a tristeza agendada para alguém. O homem tem sempre a manina de generalizar as coisas e colocar a palavra "todo" nas mais diversas situações no seu cômodo ou pré-destinado ciclo vital. A tristeza com a hora marcada remete a idéia de obrigação, dever. Parecia isso para mim, hoje vejo que a hora chegada é inevitável e não fui eu quem agendei e pedi para que ela voltasse em um ano ... foi a tristeza que agendou com esse "todo" sua aparição nas horas em que o todo cai muito bem. Tem gente que fica triste TODO Natal, outros TODA Páscoa ... tantos odeiam TODO aniversário e uns TODO aniversário de morte de um ente, um ideal ou alguma coisa querida. Eu amo a Páscoa e o Natal e os aniversários e gostaria muito de ser um pato. Mas como ainda insisto infelizmente em ainda ser humana a tristeza tratou de agendar logo uma hora com meu TODO. Eu não poderia ficar de fora dessa! O básico. 14 de Abril. Foi no ano de 2008 e já passou um ano desde então. Isso dói cada dia mais, mas agora já devo falar. Para romper os paradigmas ( mas nem tanto porque somos muito mais iguais que imaginamos) ... o velório foi triste, contudo assisti ao semblante mais angelical e pacífico que cruzou o meu caminho. Na cena máxima de exposição à morte sua doçura cantarolou a vida pura e pulsante, que morte alguma mataria. Em um ano ( e com o costume de dar valor às coisas depois que perde) sei que sobre aquela velhinha pequenina guerreira-palhaça se sustentava literalmente uma grande família. O pilar 'caiu', plantou sua semente mas por enquanto a família ainda continua desmoronada. Não, bisa. Não desacreditarei no amor. declaro que por mais que eu odeie a morte eternamente, que exista a tristeza (ridícula) com hora marcada e que eu não consiga explicar o porquê de ter que sofrer ... eu não tenho medo de amar.Eles não vão conseguir me comvencer de que o amor tem que ser trauma, tem que ser triste. A vida é do gênero que eu escolher filmá-la. Quando o amor ... e todas as vezes que ele bater em minha porta estarei pronta para saltar, por qualquer face que ele vista... amigo, amante, ideal. Um ano de tantos flashes... desses que cegam, ou dos que nos deixam com olhos vermelhos ou daqueles que tcaptam belas fotos. Aprendi ( mesmo ) que devo oferecer a cada um que cruza meu caminho meu melhor olhar de paz e amor e que isso é cuidar do outro, pois um olhar ( apenas um olhar) de fúria pode estuprar uma pessoa e causar danos irreparáveis. A morte mata a vida. E o tempo não preenche tudo. Percebi que tenho apenas 17 anos, e que vivi pouquíssimo tempo de vida. Vida curta. e a vida que tenho por viver é mais longa que a vida que vivi ao seu lado. E como em todas as situações sempre existem dois caminhos a seguir ... posso achar isso um absurdo se optar pela ótima adulta da quantidade... mas se eu olhar pelo lado das crianças da qualidade ... AH!!! Teve que ser como foi e foi belo. Foi bem. Vida breve. Saudade, falta. Saudade do seu riso e do seu cheiro de bebê. O que você diria se visse ( e viu) as pessoas que me cercam esperarem tanto por uma vida que nunca chega , por medo cautela ou sei lá o quê? Você me respondeu na última vez que ouvi sua voz. " Fia a vida passa muito rápido. Não desiste de amar."


E a vida, bisa ... é bonita e breve como as borboletas cantadas pelo meu Cazuza. e a borboleta está pousada em nossos dedos. Vida longa à longa vida que eu ainda tenho para viver sem ti. Bem-vinda tristeza, que tragas sempre nos dias 14 de Abril a gargalhada da melhor pessoa que eu conheci e as sementes que ela plantou para que fossem cultivadas.

Ela conseguiu. Ela viveu mais de 80 anos apaixonada por todas as formas de amar que a vida lhe trouxe e lhe arrancou. Eu não tenho medo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Marcha do sal.


Houve um tempo que "Where is the love?" era minha música favorita; música de letra forte, crítica, reflexiva e protestante. Foi uma letra a ser admirada, observada e ouvida em volume alto no rádio do carro, contudo não era nada prática no meu mundinho, pois por mais que o mundo retratado por ela questionasse "Where is the love?" , o primeiro mundo que nos afeta de fato somos nós mesmos. E eu mesma não estava ausente de amor, ou confusa de onde ele estivesse. A falta de amor em torno de nós pode chocar e escndalizar, mas só pode ser sentida e doída de fato qaundo este se esconde de nós, de dentro de nós. Na verdade o amor nunca se esvai de um ser humano, visto que é a energia vital de tudo que fazemos.Por exemplo ( no campo cliché das massas que de ler amor logo pensa em amor entre dois amantes de música sertaneja) ... o casamento. O homem pode se casar por amor ao parceiro, por amor à religião, por amor à reputação e status que o tal casamento pode proporcionar, por amor ao inheiro, por amor à não-solidão ... etc, etc, etc ... O fato é que sem o amor o casamento ou o não casamento não existiria, assim como todas as outras coisas. Não entremos na polêmica infindável e insatisfatória de defender o que é ou deixa de ser amor de fato, mas tomemos o fato de que ele é sem dúvidas a energia vital relativa. Votando ao papo de que o amor não se esvai ... na verdade ele veste outras roupas, ocupa outros recipientes, assume outras formas e intensidades. A solidão que sentimento vez em quando é a manifestação dessa mudança de veste do amor que há em cada um de nós, transmuta, modifica, tranfere-se. Na verdade a solidão é a manifestação da ignorância pela nova forma de amor desconhecida, que não sabemos onde está. o vazio preenche-se quando notamos para onde se canalizou o amor de antes. Na minha época de "where is the love?" eu tinha amores certos pela vaidade em busca de um corpo padrão perfeito e pela busca de não "ficar pra titia" e arranjar um belo namorado. Morria de medo de ficar só o futuro e não ser bela o bastante para atrair um homem, amava a não-solidão futura. Acho engraçado que o amor por mais que seja presente nunca é recíproco de nós pela vida, da vida por nós, ou por nossa própria constante insatisfação. Eu amava a não-solidão, e a vida me deixou só enquanto durou esse amor. Até que o tempo que tantas vezes amo e odeio passou compassado, e minha energia amorosa abandonou a vaidade e colocou-a no campo das "futilidades não-essenciais e ridículas". Passei a amar a tal de liberdade que não sei o que é e a busca pela total espontaneidade e intensidade em todos os momentos. foi aí que a vida antagônica me apresentou meu primeiro namorado. A vida é mesmo muito louca e brincalhona. Isso aconteceu a cerca de dois anos atrás ... Desde então eu nunca mais fiquei 'sozinha' e passei a amar a solidão, rara e necessária. O amor vive se esquivando da realidade e todo amor é idealizador, sempre quer o oposto, o perfeito. Passei a amar não o medo de ficar só, mas sim as paixões pelas pessoas de verdade, que eu idealizava. Amei muito. Caí muito. E chegara a hora da minha energia se modificar novamente. Isso me assuatava, tentei reassumir a velha veste, entre idas e vindas e machucando pessoas e a mim mesma. Depois de dois anos sem solterisse, meu amor pela solidão tomou conta d emim e consegui me libertar das correias que me prendiam ao velho medo de ficar só novamente. Estou só e gosto disso. Embora estar um pouco assustada com a nova sensação e achar estranho que não esteja encontrando mais coração serelepe por outro olhar, por planos a dois, por outro sorriso ou não jogar nas costas de alguém a responsabilidade por me fazer feliz. Hoje tenho dois amores certos. Um é o meu amor por ser eu mesma a responsável pela minha felicidade. E o núcleo de todas as minhas raificações de amor de pensar no que fazer da vida que tenho nas mãos, se concentra nos meus amigos. estou completamente apaixonada por cada um deles, a ponto de ao pensar ou estar meu coração se encha de glória. Amo esperar Agosto, não pela dor de saber que ainda estou em Abril, mas pelo amor de todas possibilidades que se erguem após a data marcada. Meu nietzsche fala que todos nós temos nossa própria sentença de granito ... uma das minhas ( que não sei quantas são por não conhecer) é que morrerei amando a vontade de perdoar incondicionalmente e conviver pacificamente ( e amando todos) , por mais que isso seja taxado como bobo, imaturo, ou atestado de não saber nada na vida, ou ser novinha demais para saber das coisas. Essa é minha essência, meu amor que nunca morre. E sei que posso ficar velhinha demais para saber das coisas, mas morrerei sabendo de nada da vida. A falta de amor ao redor de mim continua me assustando, e sendo protestada, gritada por " Where is the love?". Onde está o amor num mundo sem abraços? Está no comodismo de não saber onde está o amor primordial dentro de nós mesmos.





E se o mundo incomoda tanto, sinto atestar que você é o mundo. como querer algo diferente do que se vê, se você mesmo é esse algo que não faz a diferença que jura querer?


Agora lhe pergunto ... Where is the love?
Onde Está O Amor?O que está errado com o mundo mamãe?As pessoas vivendo como se não tivessem mãesAcho que o mundo todo viciou-se no drama.Apenas atraído a coisas que trazem trauma.No exterior,sim, a gente tenta parar com o terrorismoMas ainda temos terroristas vivendo aqui.Nos EUA, a grande CIA.O sangue e os capangas e os KKKMas se você só tem amor pela sua própria raça,Então só sobra espaço para discriminar.E discriminar só gera ódio.E quando você odeia,então, você tende a ficar iradoYeahMaldade é o que você demonstra.E é exatamente assim que a raiva funciona e opera.Cara, você tem que ter amor para endireitar-se.Tome controle da sua mente, e mediteDeixe sua alma levitar para o amor...Pessoas matando, pessoas morrendo.Crianças feridas e você escuta elas chorando.Você consegue praticar o que você prega?E você mudaria sua personalidade?Senhor, Senhor, Senhor nos ajude.Envie-nos algum guia daí de cimaPor que as pessoas me questionam.onde está o amor? (amor)Onde está o amor? (amor)Onde está o amor? (amor)Onde está o amor?O amor, o amor.Simplesmente não é a mesma coisa, sempre em mudançaOs novos dias são estranhos, estará o mundo insâno?Se o amor e paz são tão fortesPorque há partes do amor que não pertencemPaíses jogando bombas.Gases químicos enchendo os pulmões de crianças pequenasCom sofrimento contínuo enquanto a juventude morre cedoEntão pergunte a si mesmo, o amor realmente se foi?Então eu poderei perguntar pra mim mesmo, o que realmente esta acontecendo de errado?Nesse mundo que vivemos pessoas vivem cedendoTomando decisões erradas, apenas visando seus dividendosSem respeitar um ao outro, negando seu irmão.Uma guerra está acontecendo, mas a razão está escondidaA verdade é mantida em segredo, varrida para debaixo do tapete.Se você não conhece a verdade,então não conhece o amor.Onde está o amor? Todos vocês, vamos lá! (eu não sei)Onde está a verdade? Todos vocês, vamos lá (eu não sei)Onde está o amor? Todos vocêsPessoas matando, pessoas morrendo.Crianças feridas e você escuta elas chorando.Você consegue praticar o que você prega?E você mudaria sua personalidade?Senhor, Senhor, Senhor nos ajude.Envie-nos algum guia daí de cimaPor que as pessoas andam me questionando.Cadê o amor? (amor)Onde está o amor? (amor)Onde está o amor? (amor)Onde está o amor?O amor, o amor.Eu sinto o peso do mundo nos meus ombros.Enquanto envelheço,todos vocês,pessoas ficam mais frias.A maioria de nós só nos preocupamos em ganhar dinheiro.O egoísmo está nos guiando para a direção errada.Informações erradas sempre mostradas pela mídia.Imagens negativas são o critério principal.Infectando as mentes jovens mais rápido do que bactéria.As crianças querem agir como elas vêem no cinema.E aí, o que seja que tenha acontecido com os valores de humanidadeO que seja que tenha acontecido com a justiça na igualdadeAo invés de espalharmos amor estamos espalhando desânimoFalta de conhecimento deixando vidas longe de uma unidade.É por isso que as vezes eu me sinto pra baixo.É por isso que as vezes eu me sinto pra mal.Eu não teria por que ficar me sentindo pra baixo.Tenho que manter minha esperança viva até que o amor seja encontradoAgora pergunte para você mesmo!Onde está o amor?Onde está o amor?Onde está o amor?Onde está o amor?Senhor, Senhor, Senhor nos ajude.Envie alguma luz dos céus.Por que as pessoas andam me perguntando.onde está o amor?Cantem comigo, um mundo, um mundo ... nós só temos, um mundo, um mundo ... é tudo que temos, um mundo, um mundo...Tem algo com ele (Yeah)Tem algo errado com ele (Yeah)Tem algo errado com o m-m-mundoNós só temos, um mundo, um mundo .. é tudo o que temos

domingo, 5 de abril de 2009

A irritante.


Sabe Luma, fato mesmo é essa sensação de silêncio que fala me ensinando a amar sem depender, totalmente nova.




Eu nunca senti tão presente essa pedrinha preta do meu coração.Vejo agora que durante minha vida toda amei muito mais o desejo, o contato, a presença física... que o ser desejado, e vivo por trás dessa parafernália toda. Cá estou eu aprendendo a amar o amor.. ( quis e profetizei tanto isso) , e testando ao máximo minha paixão louca pelo tal do silêncio. Ah! Como eu queria sair soltando palavras em vão que pudessem me preencher agora, como eu queria as palavras soltas por aquela voz. Sim, eu sinto o ser que rola minhas lágrimas de alegria e trsiteza o tempo todo comigo... me assustando a cada bandeja que cai, a cada música nossa que toca por acaso, em cada rosto dos amigos dele que trazem um pouco daquele olhar. Pensando bem, que tlice a minha! Odeio essa pedrinha e não estou certa de que encontrei a faquinha para arrancá-la de mim, mas o que me dói não é ela, mas sim a ausência da pedrinha preta da ausência que agora dorme ou foi-se embora de vez ... minha dor quase motivada ou sem motivo real é só essa sensação de alívio e liberdade que me acorrentou nos passos dela ... presença espiritual e constante, extremamente íntima mesmo que totalmente distante. O novo assusta, é como engatinhar. Quero deliciar esse meu amor egoísta com a "força de uma maria-mole." Cada reticência me grita um " eu te amo" proibido ... escarrado pela sua voz alegre e seu riso de um adulto querendo ser criança. Você nunca se despediu de mim, nunca te levei ao aeroporto e você disse que iria ligar. E meus dias que sempre passaram arrastado ... hoje passam voando como um degrau a menos para teus braços. Sei que você nunca chega na hora marcada e tem sido gostoso correr para te conhecer. Esse tempo nos une mais que qualquer laço apertado. E antes de dormir continuo olhando para o céu ... é belo saber que o teto do meu mundo está te tocando como me toca onde quer que você esteja.




beijos na pintinha.


da Amélie com saudades.