quarta-feira, 30 de abril de 2014

Novelo.






A primeira reação é espontânea, de um ciumento. Tudo tende à quebra, o real pende para a mentira. Tudo que se quer é bater. O engano foi seu, de seus olhos e de sua fé. O senso de ser uso, não útil, mas descartável, te joga no lixo. Nada era especial. Eram só estrelas e existem milhares delas. Você foi mais uma ou acreditou em estrela cadente? Depois, a segunda reação. A amiga ferida é um soco no coração da menina. Revolta. inacreditável. Pasmem! Como isso é possível. Acho que isso não cabe dentro da minha cabeça. Será que a destruição é requisito do fim? O feio é exigência do belo? Será que todo fim tem um recomeço? Ou existem fins definitivos, coisas e corações que não se colam nunca mais. Tudo que você toca certamente morre. A vontade aqui também é de bater. Em todas as faces. Fases. Tudo passa. Não há consideração. Toda forma de amor, justifica qualquer desvalor? Não há homem. Não há mulher. Não há humanidade. Não há a mínima lógica. E agora a face natural da razão. E se por fim, só se encontraram, o cuidado e aquele que sempre careceu. E se fosse para ser? E se o Russo estava certo, 'quem um dirá irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração'? E se fosse só um grande amor? Que sejam felizes. Que deixem a paz em paz. E se nada for? Sábio aquele filósofo. Só sei que nada sei. Acho que se a gente soubesse, nada seríamos. Cabeças explodiriam. Mas quê sou eu? Só sei que sinto. Imensa dor.