quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Minhas bodas de algodão.



Tempo é ternura. Perder tempo é a maior demonstração de afeto. A maior gentileza.(...) O tempo sempre foi algoz dos relacionamentos. Convencionou-se explicar que a paixão é biológica, dura apenas dois anos e o resto da convivência é comodismo. Não é verdade, amor não é intensidade que se extravia na duração.Somente descobriremos a intensidade se permitirmos durar. Se existe disponibilidade para errar e repetir. Quem repete o erro logo se apaixonará pelo defeito mais do que pelo acerto e buscará acertar o erro mais do que confirmar o acerto. Pois errar duas vezes é talento, acertar uma vez é sorte. Acima da obsessão de controlar a rotina e os próximos passos, improvisar para permanecer ao lado da esposa. Interromper o que precisamos para despertar novas necessidades.Intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou. Casais há mais de três décadas juntos perderam tempo. Criaram mais chances do que os demais. Superaram preconceitos. Perdoaram medos. Dobraram o orgulho ao longo das brigas. Dormiram antes de tomar uma decisão.Cederam o que tinham de mais precioso: a chance de outras vidas. Dar uma vida a alguém será sempre maior do que qualquer vida imaginada.


Fabrício Carpinejar

Um comentário:

aliNe nOvaeS disse...

Minha vez de admirar o seu relacionamento, minha Tilita. Como tantas vezes você disse q meu amor por aquela flor era única e invejável... pena que tem amores que duram pouco ou o tempo suficiente... mas que o seu amor e sua paixão, durem o tempo maior que o que posso vir e além do que possa durar. Bem do tipo, que seja eterno enquanto dure, que dure para sempre (clichê de pagode rss) Eu amo vocês, eu amo. =**