quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A rosa.


Se os olhos humanos enchergassem o além do óbvio ... Se o rosa não fosse rosa choque ou rosa bebê ou rosa carmim ... Se a voz soltasse aquela sinceridade abrupta,sem filtro algum ... Se as palavras soletrassem tudo aquilo que é essencial, entretanto nunca é dito ... Se não fosse indispensável o sofrimento para poder crescer ... Se a coragem humana fosse tão grande quanto seus supostos sonhos ... Tudo estaria, seria e permaneceria fácil, como épara uma criança. As coisas da vida são assim mesmo: tão fáceis. E complicamos só para nos queixamos depois? Parece que o complicado justifica a existência que pode nem ter uma razão maior. Ou será que o ser humano não sabe mesmo ser jovem por muito tempo? Sem surpresas. Isso mesmo. O que você vê e só. Um nada pequeno, bem pequeno. E se for isso? A gente complica para suportar. Porque a vida pode ser grande quando se olha para frente e então passamos a contar os longos anos que ainda restam até a tal morte. Vazia. Para quê? E de complicar por vontade, as coisas fáceis não são mais fáceis e a busca nunca acaba pois não se sabe o que se busca. Se as coisas fáceis fossem assim tão fáceis o bêbado equilibrista não temeria e nem acabaria só ( trocando as pernas ), talvez a criança humana nunca adormecesse e as coisas e os valores não seriam relatividade, sem perder a importância com o tempo. Se as coisas fossem assim tão fáceis, elas seriam assim tão fáceis e o fácil anda passando assim ... desapercebido ( assim como as coisas simples, a humildade, o céu e a sensibilidade. O que o homem talvez não saiba é que o sangue, uma vez derramado, não retorna para a veia de origem ... e essa veia um dia seca. Seco. O que o homem talvez devesse saber é que ver uma coisa fácil como uma coisa fácil e só, pode ser a chave para não secar a fonte. Fonte que seca com esse tal de tempo. Aliás, ainda falta muito tempo . E o que eu tenho feito para que essa existência fácil não seja vazia também ... e acabe numa morte que pode ser ainda mais fácil e vazia que esse tempo de história que ainda me resta? Mas isso é só talvez. E um talvez é só talvez, e só.





- Deprimente, mãe! Não quero crescer!

Um comentário:

Ariana Luz disse...

aah eu sinto a mesma coisa de vez em qnd, sabe?
por isso qe todo dia faço algum coisa nova pra que a sensação seja de que tenha valido a pena ;)

essas coisas me impulsionam :D


maaas me conta essa história de cagar sangue?!
asuashuahsuhaushuahsuh

écaa.

Flores.