quarta-feira, 14 de julho de 2010

00:00 às 06:00.


Você percebeu o quanto somos maiores? As árvores crescem para sobreviver ao ritmo da vida. O tempo gasto no cultivo de um brotinho nunca é perder. Se você contar sua vida, vai perceber que pouquíssimos permanecem. E olha, as decepções podem lhe arrancar despedidas dolorosas eternamente. Mas elas são poquíssimas comparadas áquelas despedidas que às vezes nem nos damos conta do adeus. As pessoas vêm e vão, e a vida dita o ritmo. E puxa! Às vezes a gente nem percebe. Você não sente que você poderia ter feito mais? Eu sempre acho que se mais amor fosse dado, mais força contra a história meus queridos teriam para permanecer. Talvez tivessem ficado cinco, como os dedos da minha mão. Permanecer. Pode ser que olhar pela lente de doze meses, seis meses seguintes pareçam fáceis. Mas é que eu não me acostumo em não lhe ver por muitas horas, meus olhos escorrem sempre, você sabe, num mimo só. Por isso fica combinado que eu cuido daqui e você cuida daí. E se o futuro chegar antes da gente, inventamos outro futuro. Mas outro futuro nosso. Como o jardim suspenso. O desafio é estarmos juntos sem seus olhos nos meus por um tempo maior, como é agora. Mas eu te peço para não desistir, pode contar com minha prece. Vou cuidar para a saudade não ser tão maior que um-metro-e-sessenta-e-sete-centímetros a ponto de me fazer esquecer. Ey, não se esqueça de mim. De hoje. Sabe o que é mais engraçado? Agora eu não tenho medo. Eu tenho coragem para te carregar nas costas quando a madrugada acabar e não desistir nunca de lhe arrancar o sorriso pelo qual me apaixonei. Amar também pdoe ser isso, ter seu corpo tatuado na minha espera. Eu vou estar aqui com um motivo entre os dentes que não lhe faça desistir dos meus beijos. pra velar seu sono, seu cansaço. Pernas são estradas.

Um comentário:

Sr. Eulálio disse...

Belo texto, Princesa do Moinho.

Beijo.