domingo, 11 de julho de 2010

"Encontro e perda ao mesmo tempo, eu não vou parar..."


Daqui a sete dias eu completo 19 anos. É estranho neh? Do nada você pensa que... Porra, já têm 19 anos vezes 365 dias, e você não fez grande coisa nesse tempo todo. Meus amigos se sentem muito diferentes com 19. E é claro que é, a gente percebe que cresceu mesmo. É a tênue linha entre adolescência e idade adulta. Tênue e desagradável. Doem mais os corações partidos e as pessoas que já se foram. Como disse Ana, são contas de banco, e correspondências chegando com seu nome... e o Ruan, passou o aniversário trabalhando, e a Jéssica passou o dia internada num hospital. Acho irônico, era pra ser nosso dia. E acaba sendo mais um dia racional. Uma vez assisti a uma reportagem que falava sobre as mudanças que ocorrem nos nossos olhos em relação à interpretação das cores com o passar dos anos. As crianças enxergam as cores num tom mais azulado, é claro que fica tudo mais vivo, como um céu de verão e praia. Na idade adulta, enxergamos as coisas em tons esverdeados, se não percebeu é quando as coisas começam a desbotar. E na velhice... Deus, na velhice as coisas ficam amarronzadas.... Acho que a visão é o reflexo de dentro. Então, fazer 19 anos é isso. Enxergar as cores e a vida, e as cores da vida mais esverdeadas. É realmente quando as coisas, insuportavelmente desbotam-se ladeira a baixo. E é claro que tudo fica bem mais estranho que antes. Eu, por exemplo, morria de medo de virar de ponta cabeça. Agora, é a única coisa que me alivia e me faz sentir um pouco melhor. O máximo que pode acontecer é eu não poder, daqui alguns anos, enxergar as coisas em tons amarronzados. E nem se usa mais bolo de aniversário.

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