terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.
Manoel de Barros

2 comentários:

Sr. Eulálio disse...

Cadê você, minha menina confusa preferida?

Sr. Eulálio disse...

Querida Menina Confusa,
As florestas escuras são lindas. Só não são visiveis e daí o medo. Acenda seu coração como um archote e verás as maravilhas que ela guarda. Deixe as confusões para os guerreiros errantes, os don quixotes, que ainda não conseguiram acender sua luz. Moinhos são gigantes, mas não ferem. E somente existem enquanto houverem pessoas para os perceber.

Aqui vai uma receita para você: Feche os olhos, dê um passo para trás, cante a tua melhor musica. Vire-se 180º, abra os olhos, pegue uma flor amarela no chão. Respire seu pefume 1 vez e corra na direção do arco-íris.

Beijo.