terça-feira, 27 de abril de 2010

Ao preconceito, a música.


When you try your best but you don't succeed

When you get what you want but not what you need...


If we crawl'

Till we can walk again

Then we'll run

Until we're strong enough to jump
Then we'll fly...


Fuck you very, very much

Cause your words don't translate...


Se matar adiantasse. Se o assassinato fosse o remédio para a falta de valores, virtudes e caráter humano... Se todos os problemas da lastimável condição de nossa sociedade fossem questão de tiro, pena de morte e ponto final... Quem sabe Hitler não estivesse tão errado assim, não é mesmo? Agora não me venha com essa hipocrisia de um rosto assustado nas aulas de história ou nos filmes, depois de saber dessa coisa toda de judeus e holocausto e guerra... Falsas penas não refazem a história, o que você faz da sua vida é que constrói uma história diferente. Já começou a desenhar seu bidoginho tirano? Engraçado é a falsa-cristandade e ética que te esconde. Já viu que sua primeira alternativa de salvação à humanidade é tirar a vida de quem tantas vezes chegou muito mais perto que você do que chama-se amor, caráter e verdade? Se você soubesse da dor que suas palavras, seus olhares, seus gestos e suas leis causam em mim, em minha família, nos meus amigos... Se você soubesse que você roubou toda minha alegria com seu ar pesado... e agora, quem é mesmo o criminoso? Há tanta mancha nessa sua túnica de moralidade intacta... vim aqui falar que você tirou minha vida, e assim arrancou a graça da vida dos meus queridos também. Isso é assassinato. E que crime mesmo cometi? Fico imaginando quantas penas de morte seriam justas para punir todos os sonhos que você despedaçou ou todas as vezes que você me deixou apavorado de tanto medo ou por todas as vezes que você me roubou o direito de ver a luz do sol num belo passeio por essa pátria que também é minha, sabia? As lágrimas? Elas secam com o tempo, você acabou endurecendo minha fé. Meu olhar é de uma tristeza tão profunda... Vim também agradecer a Deus pelos risos que dou quando você não está presente, que são muito mais livres, muito mais de coração do que os risos que você solta quando faz de mim uma piada. Vai virando... vai virando esse canhão, esse cano de révolver que o teu alvo está errado. Mira primeiro ali, na criatura que você vê no espelho.


P.S.: Esse texto é dedicado á África. Na verdade aos homossexuais que sofrem com o preconceito e a possibilidade de serem caçados, isolados e mortos a cada nascer do sol devido às leis de seus países. Esse é um apelo aos direitos humanos, um desejo imenso de vida... e que lutemos todos pelos respeito ao outro porque a África, meus irmãos, também é Brasil.
Paz e flores.


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