terça-feira, 9 de abril de 2013

Hoje me senti vomitada pelo mundo. Tudo aconteceu de repente.De repente não porque foi do nada, visto que teve uma causa muito em definida e delineada. Foi de repente porque no meio do corredor eu pensei que hoje eu até que estava indo bem, já que eu estava até sorrindo mais e já tinha ganhado quatro abraços seguidos. A vida trágica e cômica me faz rir de tanta dor.E daí vem o de repente, quando você acha que está conseguindo respirar no meio da areia movediça e te estapeia diretamente na cara. Dias assim me dão vergonha de pertencer à raça humana. Na série que eu assisto o personagem principal adora falar que uma mudança de caminho mudou a vida dele toda. E é verdade.  Às vezes o destino faz coisas que só vou entender mais tarde, e essa é uma delas. Hoje quero gritar porque a vida da gente se transforma em um furacão da noite pro dia. Nesses dias a culpa é toda minha e eu me envergonho de ser eu. Não bastasse isso, sempre tem um idiota que vem de algum lugar para esbarrar em você e fazer um grande estrago quando você está no máximo da sua fragilidade. E o que acontece? D-E-S-A-B-A. E hoje não tem quem segure porque as somas dos pesares pesam muito mais que eu nos meus próprios ombros. A crueldade humana me faz querer pertencer à outra raça. Lamento muito. Acho que talvez Deus queira me mostrar que a melhor forma de me relacionar com as pessoas seja essa forma breve, que dura 21 dias, inocentes o bastante para impedir que haja qualquer risco de um envolvimento maior o que, sem importar o tipo de relação estabelecida, encerra-se em flagelação, machucado, perca da fé. Seja por culpa minha e do meu poder auto-destrutivo, ou por outros, na uma gélida incapacidade de lidar com um outro ser humano utilizando-se pelo menos da educação. Lembro também da Espera de um Milagre, e a dor de John Coffee quando finalmente falou sobre o que acontecia na verdade todos os dias no mundo, as pessoas se matam com o próprio amor. Hoje eu consigo entender o cansaço que aquele personagem se referia, mal posso aguentar meu corpo. Alma? Está de brincadeira. Não consigo entender a lógica do que as pessoas fazem com esse mundo e uns com os outros. Se eu não viajar para algum lugar mental longe daqui não sei se poderei ficar em pé amanhã. Outro dia, eu e minha mãe falávamos de Coríntios 13, minha passagem da Bíblia preferida. passeando por essa cidade e sentindo nas veias tudo que as lembranças podem me contar através dos lugares que andei queria voltar num tempo em que eu acreditava e tinha uma fé gigante na certeza de um amor inabalável. Amor pelas pessoas. Achei que tinha me recuperado em orlando, mas a minha fé era trilhões de vezes menor que um grão de mostarda. A dor dilacera meu coração neste quarto escuro, que gira e me leva a cair. No lugar do coração, trago um buraco, cultivado a cada dia por milhares de insetos interiores. Hoje eu me pergunto, que amor é esse? Pertence a raça humana ou somente um Deus poderia senti-lo e praticá-lo? As pessoas me dão uma grande cansaço e o ideal seria dormir por dias e dias. Mas já que eu não posso e tenho que continuar não sei porque, vou girar neste quarto vazio, com meu coração vazio, apertando meus machucados, vomitando tudo aquilo que me mata e abraçando tudo que eu não entendo.

2 comentários:

L.M disse...

Putz, parece até estranho, mas eu queria ter escrito hoje esse texto, sem tirar nadinha, obrigada por escrevê-lo.

=)

Talita Confusão! disse...

o/