segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Texto sobre a paz.



Capelania Institucional da Associação Educativa Evangélica – Novembro/2014 – no 044
Relacionamentos Saudáveis X – Cuidando dos sentimentos nos relacionamentos
Poucas coisas nesta vida são mais desejadas do que a paz. “A paz é a única forma de sentirmos realmente humanos”, já dizia o ganhador do prêmio Nobel de Física (1921), o físico teórico alemão Albert Einstein (1879-1955). “Uma vez que a guerra nasce no espírito dos homens, é no espírito dos homens que se devem erguer as defesas da paz” - Archibald McLeish (1892-1982), poeta e escritor norte americano.
Vimos na reflexão anterior as recomendações para nos alegrarmos, sermos amáveis com todos, não andarmos ansiosos e mais, para colocarmos nossas crises e alegrias diante de Deus. Tudo isso, mesmo em meio a dificuldades relacionais. Agora o texto nos apresenta a dica final e maravilhosa, especialmente no quesito de saber se estamos no caminho certo ao tomar decisões sábias frente às múltiplas opções apresentadas nos caminhos da existência.
Paz. Poucas coisas são tão ardentemente desejadas pelo coração humano quanto a paz. A paz é o anseio da alma, por isso mesmo ela é eminentemente interior. Ainda que tenha seu reflexo no exterior é no interior do ser humano que a mesma acha guarida e se desenvolve. Qual é o trabalho da paz? Ou, que trabalho se processa em nosso interior que resulta em paz? Antes de falar da paz, pensemos no seu oposto. De acordo com nosso assunto, o oposto da paz não é a guerra, mas a dúvida. O que é a dúvida? De forma simples, principalmente em se tratando de decisões, a dúvida é o descompasso entre a mente e o coração. Por mente entenda-se a razão, análise, pensamentos e consciência; por coração, queremos dizer emoções, sentimentos e desejos. A dúvida acontece quanto o coração deseja algo e a mente revela que tal desejo não é bom ou no mínimo é incoerente. Por outro lado, por vezes a mente aprova algo, mas o coração não anda no mesmo compasso. Cria-se uma oposição e mesmo uma guerra entre mente e coração. A verdadeira paz implica na harmonia entre mente e coração. Ela acontece quando os dois andam na mesma direção.
A sabedoria bíblica milenar é fantástica ao afirmar: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fl 4.7). Não é interessante? A paz é fruto de um coração e mente guardados e andando no mesmo compasso e direção. Esse é o fruto da paz. Paulo credita tal ação à pessoa de Cristo Jesus. Outro aprendizado interessante. A paz excede todo o entendimento. Por vezes se pensa que a fé e os frutos da mesma - como a paz e amor - são elementos que não dependem da razão, ou seja, são irracionais. Contudo o texto é claro ao afirmar que a fé não é irracional, mas suprarracional: “a paz de Deus, que excede todo o entendimento”. A paz vai além dos raciocínios, é maior que a capacidade de análise, é mais ampla que as conexões dos neurônios.
Como precisamos da paz! Paz nos relacionamentos; paz para a tomada de decisões; paz que atrai o sono; paz, bendita paz. O poeta hebreu escrevera há milênios: “procura a paz e empenha-te por alcança-la”. Uma das formas de procurar e empenhar por achá-la é “fugir do mal e praticar o que é bom” (Salmo 34.14). Mais intrigante ainda é perceber Jesus sendo declarado como o Príncipe da Paz (Is 9.6). O Deus Pai de Jesus como o Deus da paz (Fl 4.6). O Espírito Santo como aquele que concede vida e paz (Rm 8.6). E todas as cartas enviadas, por aqueles que conviveram com Jesus, as comunidades da época tinham em sua introdução a saudação desejando paz aos destinatários.
Quando nosso coração e mente são unidos sob a bandeira da paz, temos um bom indício que estamos tomando as decisões acertas. Se isso não acontece é melhor esperar. É melhor pedir a direção de Deus. Buscar conselhos com amigos sábios e continuar procurando-a. A paz tão almejada, seja para nossas decisões e ou relacionamentos, advém do relacionamento correto com o Príncipe da Paz, com o Deus da paz. Por isso, desejo a você e aos seus PAZ. 
Que o Eterno nos ajude. Rev. Heliel G. Carvalho – heliel.carvalho@unievangelica.edu.br

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